quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

"Ele" não faz nada que te interesse

Ouço várias vezes esta frase exasperante deste Portugal dos Pequeninos:  “Não se sabe bem o que ele faz”. Mas por que hás-de saber o que “ele” faz ou deixa de fazer? Zé, quando deixas essa coscuvilhice bigbrotheriana? Povinho, quando tornas a tua vida paroquiana, mesquinha e triste mais interessante para deixares de meter o bedelho na vida “dele”?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Em defesa do SNS

Sinto que já estou apaixonado outra vez. Múltiplos sintomas. Tristeza, medo, alegria solitária, ri hoje sozinho ao subir a Rua da Restauração, tremores, uma dor aqui no peito, sentido contente (e atabalhoado) - ligo? não ligo? Tenho pouco dinheiro para me tratar de tantos clichês. Preciso do Serviço Nacional de Saúde, claro.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Rede social

A minha mulher é a literatura, que amo, que me sustenta e cuida de mim. A Internet é uma puta que às vezes frequento e a quem pago quando me entedio de uma vida burguesa, literata e confortável.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Got no talent!

Abundam os programas de talento nas televisões públicas e privadas da terra lusa. Se o meu amigo Eça ressuscitasse, haveria de ficar admiradíssimo: Tantos Pachecos cheios de talento! Toda a gente tem um talento para exibir para a pátria-televisiva. Não se entende porque Portugal está na merda com tanto povo artista. Ora, venho por este meio reclamar um no talent show. É que não tenho nenhum talento mas quero tanto aparecer na televisão, se possível num possível canal de serviço público, se ele existir por aí.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Je suis

Je suis Nelson, je suis Nelson. Je dis cela et je le répète avant qu’un de ces jours un fanatique stupide ne me quite la vie libre, la vie qui me permet de dire et de répéter: je suis Nelson, je suis Nelson. Donc, je suis.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Filantropo selvagem

O Linkedin pergunta-me o meu sector profissional. Trabalhando praticamente de graça numa grande selva, hesito entre veterinária e filantropia.

Estou vivo e escrevo sol

Acabou-se o Natal consumista consumidor que consome o consumista. Não tenho a energia do Menino Jesus nem vou ressuscitar inteirinho da Silva ao terceiro dia do ano depois de me crucificarem tantos soldados de saco de Pai Natal às costas. Mas, como diria o meu amigo Ramos Rosa, estou vivo e escrevo sol.